domingo, 5 de abril de 2009

ESCREVENDO E COMUNICANDO


Existem vários tipos de correspondência: familiar, pessoal/particular, bancária, comercial, técnica, oficial e empresarial. Todas têm suas peculiaridades e são diferentes entre si na técnica, vocabulário, forma de abordagem do assunto, porém, todas devem ter em comum: polidez, correção, clareza, objetividade, tratamento e muito de bom-tom. Indispensável elegância e conhecimento sobre o assunto tratado: dificilmente se comunica quem não domina o tema.
A correspondência evidencia nossos traços pessoais, daí, a necessidade de cuidados especiais com juízos de valor nas redações profissionais, por parte do redator. O quesito é liberado, somente, nas correspondências ou textos pessoais: é o que ocorre na redação de cartas, bilhetes ou mensagens que levam nossa opinião particular de maneira informal.
Imagine-se interessado em uma pessoa e a opinião dela lhe é particularmente importante. Você percebe que ela se produz, investe no visual e capricha em tudo que pode agregar valor à sua imagem exterior. A pessoa encantadora chega e se apresenta. Você detecta que ela não sabe tratar com pessoas, se dirige a você de forma deselegante, pronuncia as palavras incorretamente e é muito comum: será que você continuaria tão interessada nela quanto estava antes?
O mesmo ocorre quando se trata o cliente de forma incorreta. Existe uma tratativa anterior entre nossa empresa e a dele, na tentativa de bons negócios e nosso time acena para o dele com o melhor que existe para as partes no mundo dos negócios. Cria-se a expectativa de contatos produtivos, claros, elegantes, e corporativamente corretos. As negociações avançam e tudo corresponde, até que surge a necessidade de um documento escrito para formalizar.
Tenha certeza que seu cliente/fornecedor espera que o nível das negociações avance no mesmo patamar do que já aconteceu até então, isto é: 100% de qualidade na comunicação escrita, assim como o foi na negociação informal. O que acontece se o/a redator/a da sua empresa não consegue manter o mesmo padrão de qualidade ao formalizar o contato? Certamente a negociação pode desandar, ou, no mínimo, desequilibrar. Quanto mais elevado for o padrão comunicativo do outro lado, maior a dificuldade de equilíbrio do seu time, nesta situação, caso não esteja preparado. A boa comunicação escrita é parte do quesito qualidade ou excelência de padrão do atendimento.
A tecnologia aí está para oferecer o melhor na estética, apresentação, sinonímia, inclusive com corretor ortográfico, porém, infelizmente, quem não domina a técnica não pode fazer milagres, apesar dos apetrechos e oportunidades. O preparo técnico/intelectual do seu redator é investimento necessário e, deveria ser constante e muito valorizado. Ele tem oportunidade de fechar seu negócio ou deitá-lo no ralo.
É importante que o padrão comunicativo seja o mesmo do início ao final da transação, sejam quem forem os funcionários envolvidos no atendimento. É a sensibilidade que existe entre as pessoas próximas de falarem o mesmo vocabulário, compartilharem das mesmas opiniões sobre a comunicação empresarial, a exemplo do que ocorre na vida pessoal.
Isto significa que, dentro da organização todos têm pensamento em um único objetivo: transmitir a melhor imagem da corporação em todos os sentidos e, para tanto, cada qual está apto e disposto a cumprir sua parte. O executivo preocupar-se-á com o andamento da negociação e, caberá ao redator, colocar no papel tudo que for necessário para formalizar a transação que acontece, conforme sua orientação ou de quem o substitua. O ideal seria que o executivo tivesse bom conhecimento dessas técnicas, pois, geralmente, ele é o maior envolvido no contato e está à frente dele.
Extremamente desagradável coisas acontecerem muito bem até aí e, a partir do momento em que o redator assumir, o padrão baixar. A elegância se transformar em indiferença; os termos que pedem exatidão serem colocados de forma duvidosa, imprecisa ou demonstrarem desconhecimento de quem redige. Perde-se aí toda a negociação, até então conduzida com habilidade e, muitas vezes o negócio não se concretiza. É certo que o contrário também pode ocorrer, porém, nossa proposta é discutir o aspecto “redator”.
Redação Empresarial, como o próprio nome diz trata da redação que envolve a parte administrativa da gestão empresarial. A denominação explica-se por tratar de assuntos pertinentes à empresa, à necessidade de conduzi-los de forma profissional, ampla, educada, elegante e ética.

Maria Aparecida Chinchilha – Secretária Executiva SRTE 1013/SC
Especializanda MBS – SINSESC/CESUSC – 2007/2009.
Cursos de Redação Empresarial e Consultora/Assessora para textos acadêmicos e científicos
chinchilha@terra.com.br – (47) 3028 7220 / 9998 9444.